Apae inicia Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla

A presidente da Apae, Maria Raimunda Lacerda Sobrinho, na direção da entidade há seis anos

Terá início nesta quarta-feira (17) a Semana da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla da Apae em Itabira.

O evento já faz parte do calendário oficial da entidade que é a maior instituição beneficente do Brasil voltada ao cuidado da pessoa com deficiência intelectual e múltipla.

Neste ano, a campanha – desenvolvida pela Federação Nacional das Apaes (Fenapaes) desde 1963, acontece entre os dias 21 e 28 de agosto e terá como tema “Superar barreiras para garantir inclusão”.

Apesar dos direitos e avanços conquistados por meio de legislações e políticas públicas, o tema busca chamar a atenção dos brasileiros devido a resistência sofrida pelas pessoas com deficiência que, conforme a lei, tem direito à igualdade de oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma espécie de discriminação.

A presidente da Apae, Maria Raimunda Lacerda Sobrinho, na direção da entidade há seis anos, une sua voz às Apaes de todo Brasil. “Queremos chamar a atenção das pessoas enfatizando a necessidade do empenho de toda a população na luta pela eliminação das barreiras para garantir a plena inclusão das pessoas com deficiência na sociedade. Essas barreiras são diversas: urbanísticas, arquitetônicas, nos transportes, nas comunicações e na informação e as tecnológicas. Mas a pior barreira é a atitude do ser humano. Essa barreira impede, prejudica a participação social da pessoa com deficiência em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas”.

  • SAIBA MAIS

Apae Brasil é a maior rede de apoio às Pessoas com Deficiência Intelectual ou Deficiência Múltipla. De acordo com o Censo IBGE 2010, o Brasil tem 45.606.048 de pessoas com deficiência, o que equivale a 23,9% da população do País. 18,60% foram declaradas pessoas com deficiência visual, 7% com deficiência motora, 5,10% com deficiência auditiva e 1,40% com deficiência mental.

O movimento Apaeano surge da necessidade de cobrir a ineficiência do Estado em prestar devida assistência às pessoas com Deficiência Intelectual ou Deficiência Múltiplas.

Em um país historicamente marcado por forte rejeição, discriminação e preconceito, as famílias dessas pessoas, empenhadas em buscar soluções alternativas para que seus filhos alcancem condições de serem incluídos na sociedade, com garantia de direitos como qualquer outro cidadão, criaram as primeiras associações.