Alunos do SENAR aprendem horta caseira e artesanato em bambu

Produtos que estão na natureza podem ser usados de várias formas. Para ocupar o tempo, ter uma oportunidade nova no mercado como empreendedor, praticar um hobbie ou simplesmente ter hábitos saudáveis. Ter uma horta caseira, mesmo para quem mora em apartamento, são ações que garantem uma ocupação do tempo e a oferta de produtos frescos, livres de defensivos agrícolas. Outras pessoas preferem voltar ao mercado de trabalho, ou criar peças de artesanato com bambu, abundante na região.

Dez alunos estão recebendo orientações do instrutor do SENAR-MG (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) através de convênio com o Sindicato Rural de Itabira, de como cultivar horta caseira. O instrutor Flávio Cavalieri é o responsável pela turma. “Ensinamos a adubação e preparação do terreno, a escolha de mudas, até o controle de pragas e doenças. Em vasos, garrafas pet ou canteiros. O manuseio é uma terapia. Tem várias hortas verticais ou em recipientes pequenos para apartamentos, como no parapeito de janela, muito comum para temperos simples e aromáticos,” disse.
“Estudo agronomia, e estou aprendendo várias coisas novas. Aqui é mão na massa e pegamos a prática com muitas instruções boas. Parabenizamos o Sindicato Rural pelo curso”, revelou o aluno Kaio Félix.

No curso de peças utilitárias e decorativas de bambu com 40 horas-aula, são oito alunos. Cláudia Santos, de 46 anos, está desempregada e vai analisar o mercado. Se houver aceitação ela tentará o artesanato. “Uma experiência única. Eu já gostava de materiais como o bambu. Não é necessária habilidade especial, apenas paciência e desprendimento. Se não conseguir emprego vou tentar vender pros amigos,” ponderou.

Maria Francisca Oliveira “Bia” de 60 anos quer criar utensílios e itens de decoração para a sua propriedade rural. “Vou desenvolver o artesanato e aplicar no sítio da família em Ipoema. Usamos nossa criatividade até para montar móveis nas casas. Quero construir um espelho. O bambu japonês é aqueles usados nas varas de pescar. Aprendemos saber a época certa para colher. Podemos até plantar a matéria prima para desenvolver a arte,” comemorou a aluna.

Rodrigo Silva instrutor da turma, explicou como foi orientar os alunos. “Essa técnica é de trabalhar com bambu com peças menores, o método de trabalho ensina a montagem e até o acabamento. Sempre observando as regras de segurança, porque o próprio bambu é perigoso, e no corte devemos evitar deixar pontas que podem provocar acidentes. Até móveis podem ser fabricados com o bambu, temos grandes quantidades dessa matéria prima em nossa região,” contou o profissional do SENAR.