A vez das criptomoedas: Evento em Itabira apresenta as diferentes possibilidades de se investir em bitcoin

FOTO: Apresentação em Itabira reuniu investidores da cidade e região

Um evento realizado em Itabira no sábado, 29 de junho, reuniu investidores e convidados para uma discussão sobre o mundo novo das criptomoedas, especialmente a bitcoin, e as possibilidades de participação nesse mercado. A reunião aconteceu no auditório do Sindicato dos Rodoviários e foi realizada por representantes da empresa CredMiner e suas subsidiárias que, dentre outras atuações, trabalham com mineração de bitcoin.

Conforme os palestrantes, há diversas formas de se investir no mercado de moedas virtuais, seja comprando e vendendo bitcoin efetivamente ou “emprestando” dinheiro às empresas que mineram a criptomoeda (mineração é o termo que se dá ao procedimento de validação de um bloco de negociações de bitcoin, já que não há entidades oficiais que regulam as operações do mercado, então qualquer empresa ou pessoa pode fazê-lo).

No caso da CredMiner, em uma das modalidades de aplicação o investidor recebe parte dos lucros que a empresa ganha ao efetivar as tais validações (mineração). O cliente acompanha tudo pelo celular e o capital investido fica travado por determinado tempo.

O itabirano José Geraldo, disse que se dedica 100% ao mercado digital de moedas virtuais e que sua vida financeira mudou completamente desde então

Criptomoeda é um mercado novo, sem regulamentação por parte do governo, portanto de alto risco e sem garantias. Durante o encontro, várias pessoas de Itabira e cidades da região relataram que estão tendo retornos muito acima da média nesse tipo de investimento indireto em bitcoin. É indireto porque o retorno é sobre os lucros da empresa que minera a criptomoeda, pelo menos foi o que os organizadores mais “venderam” durante a reunião.
O organizador do encontro, inclusive, o itabirano José Geraldo, disse que se dedica 100% ao mercado digital de moedas virtuais e que sua vida financeira mudou completamente desde então.

Os convidados especiais, o casal Elisângela Dantas e Vanderson Braga Dantas (FOTO), também exaltaram a empresa que representam e garantiram que a organização é séria. Perguntados, minimizaram riscos e criticaram as empresas que dizem trabalhar com criptomoedas e prometem retornos altos em percentuais fixos – normalmente, esquemas de pirâmide. No caso da CredMiner, o aporte inicial para comprar um HPM, espécie de unidade relativa de valor, e se tornar “acionista” da holding equivale a R$ 360.

Para que o dinheiro?
Conforme os representantes da CredMiner, a empresa precisa se capitalizar para investir em supercomputadores que tenham capacidade de desvendar os blocos de operações feitas no mundo virtual das bitcoins. O investidor, seria, portanto, um parceiro da empresa e receberia remuneração pelo dinheiro aplicado, pago por dia, baseado em dólar. Eles afirmam que os rendimentos podem variar de acordo com o desempenho da empresa no concorrido mercado da “mineração”.

Carteira diversificada
Profissionais renomados da área econômica, principalmente aqueles que se dedicam à educação financeira, dizem que criptomoeda é um dos investimentos mais arriscados do mundo. Há os que não recomendam de jeito nenhum. Há também os que sugerem aplicar pelo menos uma parte do capital destinado aos investimentos, considerando o perfil de cada investidor. Antes, entretanto, é preciso pesquisar sobre o setor e buscar informações sobre as empresas com as quais pretende trabalhar.
Entre os educadores financeiros, é unânime a recomendação de que a carteira de investimentos precisa ser diversificada. Nunca é aconselhável colocar “todos os ovos na mesma cesta”.

Outra dica é fazer uma reserva de emergência em um produto de renda fixa de fácil liquidez antes de se arriscar no mercado de renda variável ou travar o dinheiro em produtos com prazos esticados. Feita a reserva, sempre é prudente balancear a carteira para não se expor demais aos riscos.
Fato é que, com a taxa básica de juros (Selic) no menor patamar da história do Brasil, investir em renda fixa tem rendido muito pouco. Com isso, cada vez mais, os brasileiros estão buscando ativos que proporcionem retornos melhores, o que costuma implicar necessariamente em riscos. E é nesse contexto que as criptomedas crescem exponencialmente.

MATÉRIA PUBLICADA NA EDIÇÃO 689 DO FOLHA POPULAR