Funcionários da Vale são presos, um em Itabira

Joaquim Toledo, gerente-executivo operacional da Vale, que gerenciava a equipe responsável pelo monitoramento da barragem que se rompeu, foi preso em casa, na Vila Técnica da Conceição, em Itabira

Uma operação na manhã desta sexta-feira (15) prendeu oito funcionários da Vale nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro.

A ação foi deflagrada pelo Ministério Público de MG, com apoio das polícias Civil e Militar, e ocorreu para apurar a responsabilidade pelo rompimento da barragem em Brumadinho, no último dia 25, que deixou ao menos 166 mortos. O número pode subir para 315, dado que ainda há desaparecidos.

Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão, além dos oito mandados de prisão temporária. Os investigados presos possuem cargos de gerência e de equipes técnicas.

São eles:

Joaquim Pedro de Toledo (segundo a Promotoria, gerente-executivo operacional da Vale, que gerenciava a equipe responsável pelo monitoramento da barragem que se rompeu; qualquer anomalia era comunicada a ele)

  • Renzo Albieri Guimarães Carvalho (subordinado de Toledo, deveria lhe repassar informações relevantes da barragem, segundo a Promotoria)
  • Cristina Heloíza da Silva Malheiros (subordinada de Toledo, responsável pelo monitoramento in loco da barragem)
  • Artur Bastos Ribeiro (subordinado de Toledo, participou de troca de emails em que se discutiu anomalia nas medições de pizômetros, aparelhos que medem pressão da água, da barragem)
  • Alexandre de Paula Campanha (gerente-executivo de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
  • Marilene Christina Oliveira Lopes de Assis Araújo (gerente de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
  • Hélio Márcio Lopes de Cerqueira (engenheiro da Gerência de Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)
  • Felipe Figueiredo Rocha (da gerência Gestão de Riscos e de Estruturas Geotécnicas Ferrosos)

As prisões são temporárias, com prazo de até 30 dias. Segundo a Promotoria mineira, os detidos são investigados para determinar a autoria ou participação em “centenas de crimes” de homicídio qualificado, considerado hediondo.Com informações da Folha de São Paulo.